RELÓGIOS

Materiais e Tipos de Mecanismos

Ao escolhermos um relógio devemos levar em consideração a sua funcionalidade, ou seja, se o queremos para uso social ou para a prática de esportes. O material utilizado, o tipo de pulseira e os recursos que o relógio oferece (calendário, cronômetro, taquímetro, horários internacionais, prova d’água) é que definirão o que ele realmente vale.
Existem três tipos de movimentos para os relógios:
RELÓGIOS MECÂNICOS: são os mais valorizados pela complexidade de seus maquinários. Dependem de uma mola para oferecer a energia ao oscilador. Pra fazer o sistema funcionar devemos “dar corda” girando a coroa do relógio.
RELÓGIOS AUTOMÁTICOS: o sistema do maquinário é semelhante ao mecânico, porém possui um recurso que “dá corda” automaticamente através dos movimentos que o relógio sofre com as atividades do usuário no decorrer do dia.
RELÓGIOS DE QUARTZO: são os mais comuns. Não exigem “corda” e precisam apenas que se troque a bateria a cada um ou dois anos. Podem ser analógicos (de ponteiros), digitais ou analógico-digitais.

MATERIAIS

Todos os detalhes de um relógio são importantes, porém a caixa é a que chama mais atenção. Os elementos utilizados para a sua fabricação é que irão determinar o estilo e o preço. Materiais mais resistentes são os mais adequados para relógios a prova d’água e o plástico compões um visual mais leve, casual e fashion.
Os materiais mais utilizados nas caixas dos relógios são: titânio, aço inoxidável, brass, alloy, antimônio e plástico. Existem também relógios feitos em ouro ou prata. São elementos bastante diferentes entre si, mas cada um possui diferenciais que podem se transformar em vantagens competitivas. É fundamental conhecer as características de cada um deles, para poder escolher o modelo que vá satisfazer a sua necessidade.
O titânio tem resistência superior ao aço inoxidável além de ser bem mais leve. É resistente também à ferrugem e à corrosão provocada pela água do mar e pelo ambiente marinho. É antialérgico e tem cor cinza prateada resistindo a até 427º C de temperatura. O preço final do produto é um pouco elevado devido à qualidade do material e à dificuldade de manuseio no processo de fabricação, mas as vantagens compensam.
O aço inoxidável é um composto de ligas de aço e é o material mais atraente e popular devido ao seu brilho. É antialérgico e de fácil conservação. Destaca-se por sua força, maleabilidade, resistência geral aos elementos e à maioria dos corrosivos. A fabricação de caixas em aço inoxidável é complicada, o que encarece a peça. O metal pode ser fundido o que reduz os custos, porém implica numa queda de qualidade e resistência.
O material mais comum nos relógios brasileiros é o brass, mais conhecido como latão. É uma liga formada por dois metais básicos: cobre e zinco. O cobre determina a cor do latão: quanto maior a sua presença, mais avermelhada torna-se a liga. Tem uma resistência menor o que facilita a fabricação dos relógios. No processo de acabamento recebe camadas de banhos que os torna dourados, prateados ou coloridos.
O alloy também é um tipo de latão, só que mais sofisticado, pois passa pelos processos de fundição e injeção. O material é fundido entre 850 e 900ºC. Em seu estado líquido é injetado em moldes de caixas para relógios.
Outro material que compõe as caixas é o antimônio. De cor branco azulada, ele não é exatamente um metal. Trata-se de um elemento químico, ametal e quebradiço, mas que, em estado de ebulição, se transforma em metal. Ele não possui grande resistência à corrosão. Sua durabilidade é curta, o que é compensado pelo seu baixo custo. Mas nem isso faz com que ele se torne atrativo para a relojoaria. A maioria das indústrias prefere evitá-lo, a fim de manter a qualidade de seus produtos.
Por último, temos o plástico, que durante muito tempo foi associado aos relógios de preço mais baixo. Agora, depois que marcas de grife passaram a utilizá-lo em modelos fashion, esse conceito mudou. Os relógios feitos com esse material utilizam o sistema de injeção de plástico. O elemento injetado possui a vantagem de garantir uma boa vedação, aumentando o grau de segurança em relação à entrada de água no relógio. Há diferentes tipos de qualidades de plásticos, o que faz com que este tenha uma variação de preço na sua produção. O plástico preto resiste mais ao tempo sem perder o tom ou a coloração. Já os de outras cores tendem a apresentar um desgaste em sua tonalidade original.
Relógios corroídos na parte inferior da caixa sempre serão em latão ou antimônio, sendo este último, por seu baixo custo (e qualidade), o material utilizado nos relógios vendidos pelos ambulantes. Mesmo assim a tampa do fundo destes relógios permanece intacta, pois sempre são confeccionadas em aço inoxidável por ficarem em contato direto com a pele.

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